29.6.09

Parte 1 – O Ato!


Por estas coincidências do destino acabei indo a sessão de estréia do filme Jean Charles que aconteceu há algumas semanas no Cinemark do Iguatemi aqui em Sampa...
Acho válido dizer que a comida estava ótima, ver e conversar pessoas que vemos normalmente nas telas e/ou nos palcos sempre cause um certo frenesi, estar no lugar onde o que estará nas páginas referentes a cultura dos jornais no dia seguinte é sempre interessante, mas a parte interessante se restringe a isto. O astro principal da noite, o filme, definitivamente não merece a atenção dada a ele.
Tá, eu sei que o Selton Mello está nele e que ele tem provado ser uma das estrelas do cinema nacional. Não posso negar que o Luis Miranda e a Vanessa Giácomo fazem a parte deles, mas é só isso. Quer ver Selton??? Assista Meu Nome Não é Johnny. Luiz Miranda??? Assista Bicho De Sete Cabeças. Vanessa Giácomo??? Ela deve estar fazendo o papel de “Cabocla” em alguma novela da Globo.
O filme é uma sessão interminável de planos abertos, ação arrastada, trilha sonora nada interessante (com exceção a participação do Magal!!!), e um show de horror em matéria de casting. A idéia brilhante do diretor foi misturar atores com pessoas “normais”, os próprios amigos e familiares do Jean Charles que falham vergonhosamente em ser eles mesmos. O que era pra ser dramático virou cena de filme trash, principalmente a cena do velório.
Enfim, este foi o filme e o ato, mas como dizem que todo ato traz uma conseqüência, lá vem ela na parte 2 do post. Vamos a parte filosófica do filme e da história!!!!!! Mas isso só mais tarde....


ps. Melhor da noite... cantar Meu Sangue Ferve Por Você para o Magal no meio de todo mundo e ganhar um abraço apertado e um beijo do Gero Camilo!!!!!!!!!

28.6.09


16 dias desde o último texto publicado...
Ao mesmo tempo em que acho que não tem nada significante acontecendo na minha vida, descubro que muitas coisas aconteceram, então... hora de escrever!!!!!
Não acho que meu talento literário seja o suficiente para falar da estréia do filme Jean Charles, de um convite que recebi da Fernanda Montenegro, da inveja que senti de alguns colegas que foram pra Europa (com tudo pago), da minha decepção comigo mesma, do quanto não agüento mais meu trabalho, do espetáculo Beatles Num Céu de Diamantes, da minha saída de um lugar que eu demorei demais a perceber que não era mais o que eu imaginava, do jogo da Liga Mundial, do mais novo cd do Nando Reis e do show perfeito que assisti e da parte mais devastadoramente triste dos últimos dias... a morte de um ídolo....
Enfim.... tudo isso num só texto para um ser humano cuja prolixidade é apontada todo santo dia... impossível!!!!
Portanto.... vamos por partes e não necessariamente seguindo a ordem dos fatos.......
De qualquer forma.... começa daqui a pouco.... tenho que decidir por onde começo...
Beijos aos que passam por aqui...
ps. Estou no twitter... http://twitter.com/carolvalis

12.6.09


Cansei.....Cansei de ser profunda...
Acordei com uma necessidade extremamente absurda de ser rasa. Quero me afogar na superficialidade exposta nas vitrines dos shoppings, nas rodas dos carros e nas capa das Caras.
Quero me jogar de cabeça (e arrebentar o meu crânio) nos romances baratos, nas novelas, nos ícones fashionistas.
Quero repetir a sábia frase de Mrs Beckham: “é exaustivo ser fabulosa!!!” e pior.... quero acreditar nisso.
Toda essa minha profundidade cultivada durante anos de absoluta devoção ao artístico e ao filosófico me levou a um ponto onde ninguém quer me alcançar.... me afoguei em mim mesma.
Tenho pensado tanto e analisado tanto que esqueci de dedicar tempo pra viver. Sou uma viciada em procurar sentidos e razões e acabei esquecendo da existência do acaso.
Nada mais me surpreende e nada mais me seduz e o aspecto mais triste é que acabo não surpreendendo mais ninguém e sou tão sedutora quanto uma planilha de excel.
Tenho a necessidade de buscar o fundo da profundidade, meter os dois pés no chão e dar um impulso sem fim.... sem razão e ao acaso.
Preciso perder o medo da incoerência e da humanidade.
Preciso parar de pensar em tudo.
Preciro aprender que flutuar pode ser mais divertido do que ir ao fundo.
Preciso voltar ao raso, ao simples ao que é simplesmente gracioso mesmo não sendo significativo.
Preciso parar de racionalizar a diversão e começar a me divertir mesmo que sem razão.